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O diabetes é uma vírgula, não um ponto final.

O diabetes é uma doença crônica que, se tratada, e com alguma disciplina, permite que a pessoa leve uma vida praticamente normal. Ela é marcada pelos altos níveis de glicemia. Ou seja, quando há muito açúcar no sangue. Isso acontece porque o pâncreas não produz insulina ou, se produz, o faz em quantidade insuficiente. A glicose tem origem na dieta alimentar. Ela é armazenada e liberada quando necessário, por exemplo, nos momentos de jejum(1).

 

Quando nos alimentamos, o pâncreas libera insulina para garantir que a glicose seja usada pelo organismo para manter o funcionamento normal do corpo. A insulina é um hormônio que age transportando a glicose do sangue (absorvida da alimentação) para dentro da célula. Essa glicose serve como fonte de energia(1).

 

Controlado, o diabetes se transforma em um estilo de vida mais regrado, mas sem impedimentos à uma vida normal. Sem o tratamento, a doença pode causar transtornos que podem levar à hospitalização e efeitos colaterais graves.

 

É preciso estar sempre atento, seguindo as orientações dos profissionais de saúde e praticando o autocuidado: buscando informações sobre o diabetes, medindo seus índices glicêmicos, seguindo o tratamento à risca, mantendo uma boa alimentação e praticando exercícios com a orientação de um profissional(1). 

Muitos brasileiros que têm diabetes desconhecem a existência da doença.

Mas se sabe que fatores genéticos têm um papel importante no diagnóstico do diabetes tipo 1. Já sobre o diabetes tipo 2, vários fatores podem contribuir para a doença. 

Os sintomas variam muito de pessoa para pessoa. Para ter certeza do diagnóstico, é preciso procurar um profissional de saúde e fazer os exames necessários (14).

Confira alguns fatores que podem aumentar o risco:

Pessoas que possuem esses fatores de risco não necessariamente desenvolvem o diabetes.

São apenas sinais de alerta. 

Procure frequentemente seu médico, cuide da alimentação, faça exercícios e pratique o autocuidado. 

Quanto mais cedo você tiver o diagnóstico, mais rápido poderá agir para continuar saudável.


O primeiro passo é procurar um médico especialista e fazer o exame de sangue. 

Com uma gotinha de sangue e três minutos de espera, já é possível saber se há alguma alteração na taxa de glicemia. Caso haja alteração, seu médico pedirá mais exames. 

Para ter certeza do resultado, e prosseguir com o tratamento, o médico deve solicitar um teste conhecido como 'Curva Glicêmica'.

No caso de um diagnóstico de diabetes, entenda que você precisará adotar um novo estilo de vida. Será preciso fazer mudanças nos hábitos alimentares e ajustes na rotina. 

Muitas associações, grupos comunitários e até aplicativos ajudam a lidar com os desafios de ser uma pessoa com diabetes.

Uma vez diagnosticada, a pessoa com diabetes pode experimentar certa ansiedade.

O primeiro passo é entender como controlar seus índices glicêmicos. Um dos aspectos mais importantes é controlar o nível de glicose no sangue, para evitar complicações.

A medição pode ser feita por meio de um monitor de glicemia ou por meio de bombas de insulina. Os dois tipos de aparelho devem ser usados com orientação médica (15). 

O tratamento é uma combinação de autocuidado, medicamentos, atividade física e dieta equilibrada.

É sempre uma boa ideia consultar um nutricionista. Mas aqui vão algumas dicas úteis:

1. Cuide da Alimentação

Trata-se de fazer escolhas espertas e manter uma alimentação equilibrada. E sempre é bom lembrar: se você está acima do peso, emagrecer vai ajudar bastante no controle do diabetes. Uma ferramenta muito importante é a contagem de carboidratos. Você pode anotar os valores ou usar aplicativos para o celular.

 

2. Substitua as gorduras saturadas e trans 

Busque consumir alimentos livres de gorduras ou à base de gordura vegetal. A gordura saturada é encontrada em produtos de origem animal, enquanto as gorduras trans são encontradas em alimentos fritos, bolos e doces.

 

3. Controle o sal e dê preferência para:

4. Preste atenção na cor dos alimentos no supermercado.

Os mais escuros são geralmente os melhores. Alimentos de cor mais clara estão associados a carboidratos de absorção mais rápida e fazem com que seus níveis de açúcar no sangue aumentem e caiam rapidamente. 

Exemplos: espinafre em vez de alface americana; arroz integral em vez de arroz branco; batata-doce em vez de batata branca; pão integral em vez de pão de trigo, e assim por diante. 

 

5. Controle as porções

Coma com frequência, adapte sua alimentação a uma rotina de exercícios e consulte seu médico sobre o consumo de álcool e cigarros(16). 

 

6. Crie uma nova rotina 

Lembre-se que o exercício físico para pessoas com diabetes não é uma questão de “malhar”, mas sim de assegurar saúde e qualidade de vida. Exercícios físicos têm a função de controlar o peso e quantidade de açúcar no sangue. Quando você gasta energia, o organismo usa o açúcar do sangue em velocidade maior.

Importante! Procure um profissional especializado e escolha a atividade que melhor se adapta ao seu perfil e rotina.

Lembre-se: não precisa ser na academia. Caminhadas e voltas de bicicleta podem ser ótimas opções. Você pode também fazer pequenas mudanças no dia a dia. Por exemplo, troque a escada rolante e o elevador pela escada comum. Meia hora de atividade moderada, três vezes por semana, já é considerada uma boa meta pelos profissionais de saúde!

Existem vários de tipos de insulina. A diferença é o tempo em que ficam ativas no corpo.

Seu médico irá te ajudar nisso, mas o uso varia muito para cada pessoa e nem sempre se acerta de primeira. 

A insulina não pode ser tomada em pílulas ou cápsulas, somente por meio de aplicação, ou seja, tem que ser por meio de seringa ou caneta (17).

Insulinas mais modernas, conhecidas como análogas (ou análogos de insulina), são produzidas a partir da insulina que encontramos em nosso corpo. No laboratório, elas são modificadas para que a ação seja mais curta ou mais longa (17).

A insulina humana (NPH e Regular) utilizada no tratamento do diabetes, atualmente é desenvolvida de forma sintética. A insulina chamada de ‘Regular’ é igual à que encontramos no nosso corpo, mas desenvolvida em laboratório. Já a NPH contém mais duas substâncias, a protamina e o zinco, que fazem com que o efeito da aplicação seja mais prolongado. As duas estão disponíveis no SUS (4).

Parece complicado, né? Mas o profissional de saúde saberá indicar a melhor para você, levando em conta rotina, idade, fatores de risco e tipo de diabetes que você apresenta. Assim, você saberá direitinho, além de qual é a mais indicada para você, também quando deverá fazer as aplicações.

As insulinas podem vir em frascos ou canetas. A caneta foi desenhada para ser mais portátil, ir com você aonde for, evitar erros na dosagem e ser mais confortável, já que a agulha é bem fininha. Mas lembre-se: quem decide isso é o médico, ok?

O tratamento pode incluir mais de um tipo de insulina, usada em diferentes momentos do dia, na mesma hora, ou até na mesma aplicação. Pense na aplicação como um jogo de equilíbrio. Você aprenderá as regras conforme joga, seu médico irá lhe ensinar a compensar o que você come com a insulina que precisa para processar a glicose, e você poderá até ganhar algumas recompensas se jogar direitinho. 

Conforme for conhecendo melhor o jogo, mais vencedor você será, evitando episódios de pico glicêmico e mantendo a saúde em dia. Com o tempo, será como andar de bicicleta!


O tratamento com insulina basal visa igualar a liberação constante e estável de insulina ao mesmo nível de alguém sem diabetes. Ele mantém um nível baixo e consistente de insulina no sangue, por um período prolongado, para manter os níveis de açúcar estáveis ao longo do dia, entre as refeições e quando você dorme (17).

Já a insulina da hora das refeições (bolus) é usada para ajudar a processar bem o que você come. O açúcar no sangue aumenta rapidamente após comer e, às vezes, o tratamento com insulina basal não é suficiente para controlar esses "picos "(17).

Pessoas com diabetes tipo 1, às vezes, precisam tanto da insulina basal quanto da bolus, com três ou mais aplicações diárias. Já quem convive com o diabetes tipo 2, às vezes, só precisa da basal, uma vez que o pâncreas ainda fornece alguma insulina. Nestes casos, uma aplicação por dia, antes de dormir pode ser suficiente. O importante é que o tratamento seja prescrito por um médico (14).


Quando a glicose está desequilibrada em seu corpo, você pode apresentar uma série de sintomas. Significa que algo não ficou bem calibrado no tratamento. Esses sintomas podem ser sinal de hipoglicemia (nível muito baixo de glicose no sangue) (19) ou hiperglicemia (nível muito alto de glicose no sangue) (18).

  • Tremedeira, nervosismo e ansiedade
  • Suores e calafrios
  • Irritabilidade e impaciência, raiva ou tristeza
  • Confusão mental e até delírio, pesadelos ou choro durante o sono
  • Taquicardia (coração batendo mais rápido que o normal)
  • Tontura ou vertigem, fome e náusea
  • Sonolência
  • Visão embaçada
  • Sensação de formigamento ou dormência nos lábios e na língua
  • Dor de cabeça
  • Fraqueza e fadiga
  • Falta de coordenação motora
  • Convulsões

Os sintomas são muito parecidos, mas aqui vão algumas dicas que te ajudarão a identificar se você está passando por um episódio de hiperglicemia ou hipoglicemia:  

É importante que você saiba que tudo isso pode ser evitado com o controle da glicose, por meio de dieta, exercício físico e do uso adequado de insulina. 

Nesse caso, as canetas têm a vantagem de serem mais discretas e darem menos margem para erros na dose.

A Caneta da Saúde é gratuita pelos SUS para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, preferencialmente crianças e jovens até 19 anos e adultos a partir de 45 anos.

Mas é preciso consultar seu médico para saber se ela é pra você!